Nós brasileiros temos grandes perspectivas pela frente, apesar da turbulência das bolsas nos últimos dias. A principal posição dos fundos Sparta Cíclico FIM, Sparta Anti-Cíclico FIM e Sparta Flex FIA é em ações, e temos excelentes expectativas pela frente. Vamos aos fatos:

Após a grande quebra de confiança mundial com os mercados europeus, o que não era novidade e que teve um desfecho já esperado, a oscilação dos últimos dias tem refletido as preocupações dos investidores globais com a questão política americana, e não com questões econômicas. O presidente Obama não conta com o apoio da maioria no Congresso e isso levou os EUA a perderem a nota AAA dada por uma tradicional agência de classificação de risco. Não é uma preocupação com a capacidade de pagamento dos EUA, mas com a possibilidade de interferência de questões políticas na velocidade da recuperação econômica.

A primeira coisa que nos vem à cabeça é comparar com a crise de 2008. No entanto, notamos diferenças bastante acentuadas e importantes.

Naquele momento, os preços de imóveis nos EUA estavam despencando, com a crescente inadimplência dos subprime e o crédito ficando mais escasso, até que a quebra de um grande banco americano, o Lehman Brothers, congelou totalmente o mercado interbancário. Nada disto está acontecendo agora.

O Brasil, à época, começou a mostrar sinais de desaceleração econômica: o mercado de carros usados congelou, por exemplo, e as empresas começaram a ter dificuldades de tomar recursos no exterior.O Brasil tinha acabado de receber o grau de investimento e os países emergentes ainda não eram dignos de confiança. FMI era uma sigla que ainda vivia na memória recente dos brasileiros e nunca havíamos sido testados em uma crise externa com um cenário político-econômico interno em ordem e reservas cambiais abundantes.

A crise econômica de 2008 já é bem conhecida. A reação inicial foi como sempre, eufórica e emocional, mas o desfecho foi inédito: o Brasil saiu rápido e forte da crise.

Pois bem. Hoje a economia brasileira está aquecida, sem sinais de crise, apesar do movimento dos mercados no exterior. Até 15 dias atrás, a preocupação econômica do governo era elevar os juros para desaquecer a economia e manter a inflação sob controle. Há 10 dias o governo implementou medidas para tentar conter o excesso de valorização do Real! O câmbio continua comportado desde então, sob forte suspeita de que se não fossem essas medidas, estaria ainda mais apreciado. Em 2008, ao primeiro sinal de fumaça o câmbio subiu 10% e em poucos dias acumulava mais de 30% de alta.

A situação não é a mesma. As principais empresas que compõem o índice Bovespa apresentam a cada ano recordes em seus lucros e, segundo analistas e inclusive nossas próprias análises, o equivalente aos 30 mil pontos da crise de 2008 correspondem a cerca de 45 mil pontos em 2011. Além disso, nossas reservas cambiais hoje são quase o dobro de 2008, somos o 4º maior credor dos EUA e hoje o Brasil é cotista do FMI.

Um comportamento significativamente importante tem acontecido: o investidor estrangeiro não está fugindo como era o usual, pelo contrário, ele está aproveitando as oportunidades, investindo no Brasil. Mesmo com diversas dificuldades criadas pelo governo para diminuir a atratividade dos investimentos brasileiros, os investidores globais continuam optando pelo Brasil, seja para investimentos de longo prazo, compra de ações e aplicações de renda fixa.

E temendo uma avalanche de dólares para aplicar na nossa renda fixa, já existem figuras influentes defendendo a queda dos juros, e o movimento do mercado financeiro confirma essa expectativa. Pelo visto, temos motivos de sobra para a economia brasileira continuar crescendo.

Dessa forma, seguimos com ações como nossa principal posição. De fato, não esperávamos a turbulência dos últimos dias, mas acreditamos que houve excesso de irracionalidade de mercado, esta que será corrigida de forma parcial ou total até o final do ano. Confiamos em nossa posição em bolsa, e estamos posicionados para ganhar com sua recuperação.

Além disso, os fundos multimercado Sparta Cíclico FIM e Sparta Anti-Cíclico FIM ainda possuem posições em commodities, como explicado recentemente no artigo “Safra Mundial de Açúcar 2011/12”, que também têm excelentes perspectivas para os próximos meses.