Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Dezembro/2013. Segue o comentário do gestor:

 

Restrospectiva de 2013

O ano de 2013 foi desafiador para os investidores, mas os fundos da Sparta conseguiram ótimos resultados.

Na renda fixa, destacamos 2 movimentos relevantes ao longo do ano. O primeiro foi o aumento do prêmio de risco para as taxas de longo prazo. Em geral, os títulos de longo prazo pré-fixados e indexados à inflação tiveram desvalorização. Por outro lado, isso não prejudicou nossos fundos de renda fixa, já que tanto o Sparta Premium como o Sparta Top mantiveram posições pós-fixadas durante todo o ano. O segundo movimento foi a alta da taxa Selic, que em 2013 foi de 7,25% para 10,00%. Esse movimento beneficia diretamente esses fundos. Assim, tanto o Sparta Premium como o Sparta Top fecharam o ano com retornos acima das suas metas, com 102% e 113% do CDI, respectivamente.

O nosso fundo quantitativo Sparta Dinâmico vem apresentando uma melhora contínua de resultados nos últimos meses, uma vez que muitas das distorções que surgiram no mercado no início do 2º semestre já se normalizaram. Somado ao excelente desempenho do 1.o semestre, o Sparta Dinâmico fechou o ano com uma rentabilidade de 129% do CDI e uma vol de 0,7%, resultando em um Índice Sharpe de 3,4.

Por fim, os fundos de commodities apresentaram um desempenho modesto, mas positivo. O Sparta Commodities fechou o ano com +6,2%, equivalente a 77% do CDI. Já o Sparta Cíclico fechou o ano com +5,4%, mesmo com a forte queda de -15,5% do Ibovespa. Por fim, no Sparta Trends a principal contribuição positiva veio da alta do dólar, fazendo o fundo alcançar +11,7% em 2013.

Mercados

O Ibovespa fechou Dezembro com queda de -1,9%, terminando o ano em queda de -15,5%. O dólar, por outro lado, valorizou-se +14,6% em 2013. Ambos os movimentos são efeito do aumento da desconfiança dos investidores em relação ao crescimento da economia brasileira e das medidas tomadas pelo governo.

A carteira de ações do Sparta Cíclico teve um resultado praticamente nulo, embora seja um bom resultado ao comparar com o desempenho do Ibovespa. Já a alta do dólar foi a principal contribuição positiva para esse fundo.

Grãos

Como em Dezembro não tivemos grandes novidades relevantes para os balanços de oferta e demanda no mercado de grãos, seus preços tiveram uma pequena queda, mesmo frente à alta de +5,0% no preço do petróleo. O preço do Milho recuou -0,6% e o preço da Soja fechou com queda de -1,6%.

A comercialização da Soja americana segue em ritmo forte devido às aceleradas compras da China, porém as mesmas podem ser canceladas caso a oferta esperada na América do Sul se confirme. Entendemos que essa pré-reserva dos chineses foi feita para se assegurar contra problemas logísticos no Brasil. Em contrapartida, há indícios de que os produtores argentinos estão começando a liberar os estoques de Soja antes represados, dada a melhora no câmbio oficial (apesar de ainda distante do câmbio paralelo). Em relação à safra total sulamericana, por enquanto o clima está favorável para todas as regiões e esperamos uma safra recorde em todos os países.

Esperamos um forte aumento da área plantada de soja para a safra americana de 2014/15, em detrimento da área de milho, e esta janela de decisão dos agricultores se dará nos próximos 3 meses. Estes fatores podem estar criando uma “tempestade perfeita” para o 1º semestre de 2014, quando argentinos e brasileiros vão vender volumes recordes e americanos irão plantar uma área recorde. Nos fundos de commodities, nossa principal posição é baixista para os grãos.

Açúcar

O mercado de açúcar continuou caindo ao longo de dezembro, fechando o mês em queda de -4,3%. Acreditamos que o principal fator da baixa foi o início da colheita na Tailândia (2º maior exportador mundial) em ritmo recorde e acima do esperado. Já na Índia a colheita começou atrasada em função das chuvas de Outubro e Novembro. Dessa forma, acreditamos que a safra será boa, porém com um ligeiro atraso na oferta. Já no Brasil, esperamos um novo aumento na moagem para 2014, uma vez que os preços atuais incentivam a renovação e reforma de canaviais. Embora menor que a posição do ano passado, seguimos com posições baixistas nos fundos.