Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Fevereiro/2014. Segue o comentário do gestor:

 

Fevereiro foi um mês de resultados mistos nos fundos da Sparta.

Os fundos de menor volatilidade tiveram bons resultados. Na renda fixa, destacamos o Sparta Top, que acumula 112% do CDI em 12 meses. Esse fundo está com 100% da sua carteira em ativos atrelados ao CDI, o que tem proporcionado uma rentabilidade bastante recorrente.

O Sparta Dinâmico continua com uma volatilidade muito reduzida (0,7% a.a.) e rendeu 123% do CDI em 12 meses, o que resulta numa relação retorno x risco excepcional.

No dia 28/02/2014 lançamos um novo fundo, o Sparta Equilíbrio, que investe nas duas estratégias acima (Sparta Dinâmico e Sparta Top) e tem como meta um retorno de 115% do CDI com baixa volatilidade. Como todo fundo novo, são necessários 6 meses para o início da divulgação de sua rentabilidade, mas caso haja interesse, entre em contato conosco.

Mercados

Fevereiro foi outro mês volátil nos mercados financeiros mundiais. O destaque ficou com o Dólar, que se desvalorizou 2,4% em relação ao Euro. O Real seguiu essa mesma tendência e se valorizou 3,8%.

Já nas ações, o mês foi volátil e o Ibovespa terminou com uma desvalorização de -1,1%. As contas públicas seguem uma trajetória de deterioração, a inflação continua elevada e num ano eleitoral não são esperadas grandes mudanças de rumo nas políticas econômica e fiscal. O país segue perdendo competitividade em diversos setores e o custo da mão-de-obra aumentando.

O Sparta Cíclico, está com uma carteira de ações mais focada em empresas que não dependem tanto do consumo das famílias e negócios que se beneficiem de uma possível desvalorização cambial. Além disso, seguimos com uma posição altista para o dólar.

Grãos

O Milho e a Soja tiveram um mês de forte alta nos preços, de +5,2% e +11,4% respectivamente, que prejudicaram nossas posições vendidas e foram os principais drivers de queda dos fundos Sparta Cíclico, Sparta Commodities e Sparta Trends.

Na América do Sul, o mês de Fevereiro foi bastante quente e seco em algumas regiões e bem chuvoso em outras. Conforme comentamos no relatório de Janeiro, boa parte da safra já estava fora do risco climático, e portanto foi afetada marginalmente pelo clima adverso. O estado que concentra a maior produção do Brasil é o Mato Grosso, que teve excesso (e não falta) de chuva, e essa região deve ter outro recorde absoluto de produção. Nossa equipe de campo visitou as regiões mais afetadas e fizemos ajustes nas nossas projeções. No Paraná, segundo maior produtor, o clima não ajudou, mas nossas pesquisas indicam que ainda assim tivemos chuvas nos momentos mais críticos para o desenvolvimento e teremos uma produtividade satisfatória. De modo geral, a excelente safra em algumas regiões praticamente neutraliza as perdas com outras regiões. A produtividade no Brasil deve ser muito próxima do que esperávamos na época do plantio, embora haja um impacto ligeiramente negativo na safra total sulamericana devido ao forte calor na Argentina.

O mercado de Soja continua com preços firmes devido a forte demanda por exportações americanas, mesmo elas sendo mais caras do que na América Latina. Os importadores estão fugindo do risco logístico no Brasil. No entanto, a colheita brasileira está em ritmo mais avançado do que o normal e as exportações também (já estamos com mais de 30% das áreas colhidas). Por isso acreditamos que haverá forte migração da demanda, o que reduzirá os preços.

Açúcar

O açúcar fechou o mês com alta de +5,6%, em linha com os as demais commodities. O principal motivo da alta foram as fracas chuvas nas regiões de cana do Brasil (Centro-Sul), que estão abaixo da média desde Dezembro. Ainda não é possível estimar com precisão qual o potencial de redução da produção de cana, uma vez que é necessário aguardar o fim do período de chuvas. Continuamos sem posições relevantes nesse mercado e aguardando novas oportunidades.