Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Janeiro/2014. Segue o comentário do gestor:

 

Mais uma vez os fundos da Sparta tiveram bons resultados.

Na renda fixa, destacamos a rentabilidade do Sparta Top, que acumula 112% do CDI nos últimos 12 meses (ou +9,36%). Com toda sua carteira indexada ao CDI, o fundo entregou resultados bastante consistentes mês a mês. A taxa Selic aumentou novamente em Janeiro, para 10,50% ao ano, e o relatório Focus do Banco Central indica que o ciclo de alta deve continuar. Esse fundo se beneficia diretamente desse movimento.

O fundo Sparta Dinâmico teve o seu melhor resultado mensal desde o seu início, rendendo +1,21% (ou 144% do CDI). O maior mérito, no entanto, é conseguir essa rentabilidade com um nível de volatilidade (risco) muito baixo, fruto do nosso trabalho contínuo de aperfeiçoamento das estratégias automatizadas. Nas próximas semanas teremos novidades para interessados em investir nessas estratégias.

Por fim, tivemos ganhos na área de commodities. O destaque fica com as operações de açúcar e grãos. No caso específico do Sparta Cíclico, tivemos uma contribuição negativa das ações (o Ibovespa caiu -7,5%).

Mercados

O cenário macroeconômico global está agitado. A economia americana tem se recuperado e o FED (banco central americano) já começou a reduzir os estímulos. O cenário na Europa também tem melhorado. Quando os juros nos EUA e Europa estavam praticamente a zero, era natural que os investidores buscassem retornos mais elevados assumindo mais risco nos mercados emergentes. Com a recuperação das economias e retirada dos estímulos, espera-se que em seguida os juros voltem a subir. Cessa, então, a necessidade de tomar mais risco para obter retorno.

Além disso, o Governo brasileiro continua perdendo credibilidade junto aos investidores. O Governo insiste que está tudo bem, embora os números não mostrem isso. Indicadores importantes, que vão da balança comercial ao superávit primário, estão piorando, mesmo com malabarismos contábeis. Muitas das preocupações atuais recaem sobre o sucesso da Copa ou com a eleição, mas passam longe de temas como reforma política, tributária, previdenciária, redução do custo Brasil, etc. Nosso cenário base sugere cautela, com uma carteira de ações menos sujeita às interferências do Governo, títulos de renda fixa de empresas sólidas e preparados para uma eventual desvalorização do Real.

Grãos

Neste início de ano, os preços dos grãos fecharam com altas para vencimentos de curto prazo e em ligeiras baixas para o final do ano. O preço dos grãos em Chicago para prazos menores tem sido sustentado pela forte demanda de importadores nos EUA. Por outro lado, vemos plenas condições do Brasil antecipar a exportação de soja em volume ainda maior que o ano passado. A colheita está adiantada, o desenvolvimento está excelente e diversos investimentos foram feitos para aumentar a eficiência do escoamento. Diante deste cenário, esperamos que haja uma correção de preços entre Chicago e Paranaguá, de forma que os preços internacionais reflitam a grande oferta brasileira.

Em relação à safra sulamericana, Janeiro apresentou regime de chuvas bastante satisfatório em quase todas as regiões e não vemos nenhuma região com problemas significativos. Apenas na Argentina e no Rio Grande do Sul o desenvolvimento das lavouras está mais atrasado do que o normal, e ainda existe um risco climático significativo para Fevereiro.

Em relação ao milho, o desenvolvimento das lavouras no Brasil está excelente e há uma boa movimentação dos produtores para plantar a 2ª safra. Dessa forma, esperamos uma produção maior do que a esperada pelos analistas do mercado.

Açúcar

Em Janeiro o açúcar fechou com queda de -5,3%, atingindo a menor cotação dos últimos 4 anos. Acreditamos que as quedas estão chegando ao fim, mas ainda não enxergamos um motivo para um movimento de alta nos preços. Dessa forma, devemos realizar operações pontuais com tamanho reduzido nos próximos meses, e continuar buscando oportunidades.