Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Novembro/2013. Segue o comentário do gestor:

Neste mês o Banco Central voltou a aumentar os juros básicos da economia para 10% ao ano, um movimento que já era esperado. Isso deve beneficiar diretamente os fundos Sparta Premium, Sparta Top e Sparta Dinâmico, que tem a maior parte de seu patrimônio em aplicações pós-fixadas.

Conforme comentamos no último relatório, esperamos retornos mais expressivos para o nosso fundo quantitativo, o Sparta Dinâmico. Em Novembro, o fundo já fechou com 108% do CDI, acumulando 132% do CDI em 12 meses (o fundo rendeu +10,3% frente a +7,8% do CDI no mesmo período).

As estratégias de commodities tiveram um mês ligeiramente negativo, mas sem alterações nas nossas expectativas positivas para os próximos meses. Os fundos Sparta CommoditiesSparta Cíclico e Sparta Trends ganharam com a queda do preço do açúcar, mas perderam com a alta do preço da soja.

Mercados

Enquanto nos EUA discute-se sobre a recuperação da economia e o momento em que o governo começará a retirar o excesso de estímulos, no Brasil o governo continua com uma política econômica e fiscal confusa e de viés eleitoreiro. Esse contexto favorece dois movimentos: a depreciação do Real frente ao dólar e a queda da Bolsa.

O fundo Sparta Trends tem se beneficiado diretamente da alta do dólar, que já acumula +13,8% no ano, uma vez que mantém todo o seu patrimônio no exterior.

A estratégia do fundo Sparta Cíclico também tem se mostrado acertada: nossa carteira de ações tem se concentrado em ações de setores mais dinâmicos da economia, ao invés dos nomes mais tradicionais, e está com resultado positivo no ano (mesmo com uma queda de -13,9% do Ibovespa no período). Além disso, ao longo do ano temos trabalhado com posições compradas em dólar, outra posição que está trazendo bons resultados.

Grãos

Em Novembro o preço do Milho ampliou sua queda em Chicago, com desvalorização de -3,4%. A EPA (Environmental Protection Agency) confirmou a recomendação de redução das metas de produção de etanol de milho, em linha com o que esperávamos (veja o relatório passado com mais detalhes). Ainda, os 5 maiores produtores mundiais (Brasil, Ucrânia, China, Argentina e EUA) tiveram excelentes safras, quebraram recordes de produção.

O preço da Soja fechou o mês em alta. A forte restrição de oferta de soja no curto prazo é causada principalmente pelos produtores argentinos, que estão restringindo vendas devido ao câmbio manipulado no país. A colheita da safra americana (já encerrada) foi dentro do que esperávamos e não esperamos mais mudanças significativas de previsão de produção. Na América Latina, o clima está excelente em todas as regiões e garantiu um grande potencial produtivo, porém o momento mais crítico para as lavouras será no começo de 2014. O único potencial problema que visualizamos neste momento são as pragas. Mesmo assim, os produtores estão capitalizados e estão investindo muito em defensivos, portanto acreditamos que isso não acarretará em grandes perdas de produção.

Açúcar

O Açúcar continuou o movimento de queda desde que atingiu o pico de preços, que coincidiu com o incêndio no terminal da Coopersucar em Outubro. Em Novembro, o preço do açúcar fechou com queda de -6,4%, e não vemos motivos para reversão dessa tendência. Os custos de produção no Brasil caíram tanto quanto os preços, dessa forma as margens das usinas continuam estimulando investimentos em renovação de canavial. Este ano o Brasil está colhendo um safra recorde e trabalhamos com forte crescimento da moagem no ano que vem.

Acreditamos que a principal ameaça aos preços do açúcar é a política de preços de combustíveis da Petrobras, que tira a competitividade do etanol e com isso as usinas acabam realizando um mix mais açucareiro. No final do mês a Petrobras informou o mercado que adotou uma metodologia confidencial para equiparar os preços domésticos com os internacionais. Dessa forma, não temos como saber se a tal metodologia trará de volta a competitividade ao etanol hidratado e ainda trabalhamos com essa incerteza. Acreditamos que tal incerteza deve influenciar as decisões das usinas a continuar com um mix mais açucareiro na próxima safra.