Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Setembro/2011. Segue o comentário:

As preocupações dos investidores com o destino dos bancos e economias européias continuou em Setembro. No Brasil, o Ibovespa fechou o mês com queda de -7,4%, e o ano com -24,5%, acompanhando as demais bolsas e prejudicando nosso desempenho. Com o medo dos investidores de que a crise na Europa possa afetar o crescimento mundial, o fenômeno chamado “flight to quality” pressionou a valorização da moeda americana em relação às moedas mundiais.

No caso do Real, este movimento foi intensificado pela medida do governo de cobrança de IOF em operações com derivativos de câmbio e pela decisão do Copom de iniciar um processo de redução da taxa Selic. O dólar deve continuar apresentando volatilidade e se manter entre R$ 1,70 e R$ 1,90. Enquanto isso, a bolsa brasileira atinge níveis ainda mais atrativos em dólar, e suas empresas essencialmente exportadoras se beneficiam com um aumento de competitividade.

O Banco Central já deixou claro que continuará reduzindo os juros para manter a economia brasileira aquecida e protegê-la de qualquer piora no cenário externo. Essa é a melhor notícia que poderia existir para a compra de ações. Com o tempo será intensificada a busca por maiores riscos em renda variável para compensar a baixa do rendimento de aplicações em renda fixa, reforçado pela atratividade dos lucros crescentes das empresas brasileiras e um custo mais baixo de capital e financiamento.

Em linha com as nossas expectativas, o Açúcar caiu 11,2%, trazendo assim um bom retorno para os fundos Sparta Cíclico, Sparta Anti-Cíclico, Sparta Commodities e Sparta Trends.
Com a safra brasileira quase no fim, os investidores estão agora de olho na safra do Hemisfério Norte (leia-se Europa, EUA, Rússia, Índia e Tailândia), que representa mais de 70% da produção mundial. Nossas pesquisas indicam que será uma excelente safra, o que deve continuar pressionando os preços para baixo, mais próximo dos preços históricos.

Nos Grãos, o contágio da crise também foi grande e o milho e a soja fecharam com queda de 22,8% e 19,1%, respectivamente. O Relatório de Estoques Trimestrais dos EUA mostrou que os estoques de milho, embora pequenos, estão maiores do que o esperado, provavelmente devido a uma racionalização da demanda frente aos altos preços. Essa racionalização já era esperada por nossa equipe, porém acreditamos que o cenário em médio prazo ainda é de aperto, e que os preços devem subir. Devido aos baixos estoques mundiais, qualquer quebra de safra pode acionar altas explosivas de preço.

Para finalizar, na renda fixa os desempenhos continuam dentro das nossas expectativas: o Sparta Premium RF FI está com 100% do CDI de retorno no ano, ou +8,7%