Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Setembro/2013. Segue o comentário do gestor:

Em Setembro, destacamos a recuperação dos resultados nas estratégias de commodities, trazendo retornos de +3,1%, +5,3% e +1,1% nos fundos Sparta CommoditiesSparta Cíclico e Sparta Trends, respectivamente. A queda dos preços dos grãos foi o principal responsável por esses resultados, em linha com nossas expectativas apresentadas no último relatório mensal. Confira adiante o resultado das nossas pesquisas e perspectivas para esses fundos.

Nos fundos mais conservadores, o fundo Sparta Top Renda Fixa continua com um excelente resultado em 12 meses (+8,5%, ou 115% do CDI). O Sparta Premium segue dentro do seu objetivo, com 102% do CDI em 12 meses.

Nosso fundo quantitativo, o Sparta Dinâmico, continua apresentando uma relação retorno/risco excepcional. Nos últimos meses, atravessamos um cenário desafiador, repleto de distorções na bolsa. As estratégias preservaram o capital investido e protegeram o retorno acumulado.

Bolsas e Dólar

Neste mês, as principais bolsas do mundo tiveram um movimento de alta. No Brasil, chamamos atenção para o sucesso do leilão da concessão da BR-050, que teve 9 propostas e saiu com um grande deságio em relação ao lance máximo proposto pelo governo. Entendemos que existe apetite para investimento no país, embora seja primordial que o governo trabalhe para reconquistar a confiança dos investidores.

A carteira de ações do Sparta Cíclico continua com uma excelente performance, contribuindo com +3,0% na cota nos últimos 12 meses frente a uma queda do Ibovespa de -11,6%.

Já o Dólar se desvalorizou perante as principais moedas do mundo, inclusive ao Real, com queda na cotação. Isso não altera a nossa visão de médio/longo prazo de alta na cotação, que pode favorecer os fundos Sparta Cíclico e Sparta Trends.

Grãos

Em Setembro todos os olhos estavam voltados para a lavoura de Milho e Soja dos EUA. Com o período de maturação em quase sua totalidade, a colheita já foi iniciada em todos os estados. Com o fim do risco climático nossas expectativas foram confirmadas e o preço do Milho fechou com queda de -8,5% e o da Soja com queda de -5,5%.

Conforme apontado em nosso relatório anterior, o clima seco de Agosto e início de Setembro prejudicou principalmente a Soja. Mesmo assim, o mercado já está reconhecendo que a quebra foi bem menor do que se cogitava há algumas semanas atrás. Além disso, o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) confirmou que a produção de Soja da safra passada foi superior ao previsto anteriormente, aumentando assim os estoques. Este movimento confirmou nossas previsões, de forma que a queda dos preços favoreceu as nossas posições vendidas para a safra americana (Nov e Dez) e para a sul-americana (Maio).

A partir de agora, as atenções voltam-se para a América do Sul, onde o plantio já se iniciou. As chuvas de modo geral chegaram dentro da época adequada. Algumas regiões só aguardam um maior volume de chuvas para acelerar o plantio, enquanto outras já o fazem. No Brasil, acreditamos em um forte aumento da área plantada de Soja devido ao seu alto preço, e uma forte redução da área de Milho como contrapartida, devido aos baixos preços e altos estoques de Milho da safrinha, que ainda não foram comercializados. Nossas previsões são de que os preços do Milho e da Soja ainda possuem potencial de queda até Maio, de modo que devemos manter as posições vendidas.

Açúcar

No Açúcar, os preços tiveram forte alta no mês, fechando com alta de +7,2%. Acreditamos que o principal motivo desse movimento foi técnico, com a liquidação de posições vendidas. As monções na Índia estão praticamente encerradas e foram muito boas para as áreas de cana, com chuvas em linha com a média histórica na principal região produtora. Nas regiões onde o clima foi desfavorável no ano passado devido ao atraso das monções, as chuvas foram 40% acima do normal, o que ajudará a recuperar a produtividade de açúcar da Índia (2º maior produtor mundial).

Consideramos improvável num horizonte de médio prazo uma alta prolongada de preços de açúcar, pelo menos enquanto a Petrobrás mantiver sua atual política de preços de gasolina. Por esse motivo, estamos aproveitando este movimento de alta para aumentar nossas posições vendidas, uma vez que o superávit mundial de açúcar continuará elevado pelo 3º ano consecutivo.