Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Março/2013. Segue o comentário do gestor:

Mercados

Novamente, o mês de Março foi excelente para os fundos Sparta em todas as frentes. Na renda fixa, os fundos Sparta Premium Renda Fixa e Sparta Top Renda Fixa acumulam, respectivamente, 102% e 115% do CDI em 12 meses. O fundo quantitativo Sparta Dinâmico atingiu a marca de +1,2% de retorno no mês (218% do CDI) com um risco muito baixo. Nos fundos mais agressivos as estratégias com commodities agrícolas tiveram um retorno excepcional, com +1,4%, +7,5% e +7,7% no mês no Sparta CommoditiesSparta Cíclico e Sparta Trends, respectivamente.

Grãos

Em Março o clima praticamente não afetou a produtividade da Soja na América do Sul e as atenções se voltaram para a capacidade de escoamento da produção brasileira. Embora a produção brasileira tenha oferecido preços mais competitivos, o prazo de entrega era maior devido às filas nos portos, em linha com o que havíamos antecipado no relatório anterior. Em relação à demanda doméstica americana, no último dia do mês foi divulgado um relatório pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) indicando que a demanda foi significativamente mais fraca do que se esperava até então, tanto na soja quanto no milho, em linha com as nossas expectativas. Como consequência, os preços caíram bastante e trouxeram bons ganhos às nossas posições. As análises da nossa equipe indicam que as preocupações em relação ao escoamento da produção são válidas, já que a safra de soja foi enorme e ainda há milho da safra passada para ser escoado, além da falta de armazéns no país que agrava a situação. No entanto, acreditamos que é possível exportar toda a produção dentro de um prazo razoável. Apenas como exemplo, a exportação de soja, milho e farelo no 1º trimestre desse ano foi 20,7% superior ao mesmo período do ano passado.

No Milho, as dificuldades logísticas para escoamento de produção no Brasil e as perspectivas de boa produtividade da safrinha fizeram com que o preço cedesse no Brasil. Como o volume de Soja a ser exportado é muito grande, acreditamos em uma penalização da exportação de milho safrinha. Nos EUA, as exportações e o consumo doméstico seguem num ritmo lento, e o plantio que se inicia em Abril deve atrair a atenção dos investidores.
Seguimos com posições baixistas na soja e no milho, nossas principais posições em commodities agrícolas dos fundos Sparta CommoditiesSparta Cíclico e Sparta Trends.

Açúcar

Em Março, os preços do açúcar continuaram a tendência e fecharam com queda de -4,1%. Cada vez fica mais claro que os altos preços dos últimos anos provocaram grandes aumentos na produção mundial. Na Índia e na Tailândia, o mercado esperava uma produção significativamente menor em função das fracas monções no verão passado, porém a colheita já acumula 90% da área e até o momento a produção acumulada segue estável na comparação com a safra passada, evidenciando altos investimentos em ampliação de área e produtividade. No México, a colheita segue em ritmo muito superior ao ano passado. Na Austrália, após 2 anos de perdas com excesso de chuvas e alagamentos, a safra foi muito boa e a perspectiva para este ano é ainda melhor. Nos EUA o clima foi favorável e a produção foi a maior dos últimos 10 anos. No Brasil, os canaviais foram amplamente reformados e esperamos uma safra recorde, muito próxima à capacidade de moagem. Mesmo com um maior direcionamento de cana para a produção de etanol, a produção de açúcar será superior a da safra passada, já que os custos estão bem inferiores aos preços atuais. Dessa forma, continuamos acreditando em quedas nos preços no curto e médio prazo, e estamos posicionados para isto.

Estratégias Quantitativas

O fundo Sparta Dinâmico continua entregando uma excelente relação de risco x retorno, com alta diversificação e operações realizadas com base em modelos matemáticos. Para exemplificar, em Março esse fundo fez quase 18.000 negócios com 137 ativos diferentes, predominantemente ações. O fundo fechou o 1º trimestre com +2,95%, equivalente a 183% do CDI.