Já foi divulgado o relatório mensal dos fundos Sparta do mês de Abril/2014. Segue o comentário do gestor:

 

Em Abril nossos fundos de retornos recorrentes tiveram resultados excelentes, acima de suas metas. O fundo fechado Sparta Dinâmico rendeu 157% do CDI e o fundo de renda fixa Sparta Top rendeu 112% do CDI. Lembramos que embora o Sparta Dinâmico esteja fechado para novas captações, suas estratégias podem ser acessadas através do fundo Sparta Equilíbrio.

Os fundos agressivos (Sparta Cíclico e Sparta Trends) continuam com posições que se beneficiam da baixa dos preços de grãos e alta de dólar, por isso tiveram um fraco desempenho nos últimos meses. Os comentários a seguir se referem às posições desses dois fundos.
Por fim, o fundo Sparta Commodities foi incorporado pelo Sparta Dinâmico em 30/4/2014. Todas as posições de cotistas foram automaticamente transferidas nesta data.

Mercados

Diversos temas tem afetado o humor dos investidores nos mercados brasileiros, com amplo destaque para as eleições. Do lado econômico, a inflação segue batendo no teto. Por outro lado, essas notícias estão incorporadas aos preços e vemos com bastante otimismo nossa carteira de ações do Sparta Cíclico (67% do PL). Além disso, estamos posicionados para nos beneficiar de uma alta no preço do Dólar (contra o Real).

Grãos

Nossa expectativa para os grãos continua concentrada na forte safra deste ano, que deve fazer os preços se acomodarem e voltarem para patamares mais próximos das médias históricas. A safra brasileira foi um recorde absoluto e já está praticamente 100% colhida. Além disso já foi constatado que a quebra foi bem menor que se veiculava. Na Argentina e Paraguai também teremos safras expressivas. Nos EUA, a estimativa de área plantada (que acontece de abril a junho) é recorde para soja, somado ao fato de que este ano teremos o fenômeno climático El Niño, que costuma beneficiar a produtividade americana. O único fato negativo relevante em relação à oferta diz respeito à Argentina: por conta do cenário macroeconômico, alguns produtores tem optado por armazenar sua produção e vender os grãos aos poucos, conforme a necessidade. Já do lado da demanda, pode-se observar uma diminuição da demanda chinesa por grãos que ocorre devido à gripe aviária (que já dura quase 1 ano e afastou o consumidor do consumo de carnes e frangos). Com isso, nossas projeções continuam mostrando que no final deste ano os estoques de passagem mundiais deverão ter saltado de um recorde de baixa no final de 2013 para um recorde de alta no final de 2014.
Temos esperado uma queda expressiva nesse mercado há alguns meses, e continuamos convictos na acomodação dos preços. Acreditamos que até o fim do semestre o avanço do plantio nos EUA deixará mais claro para o mercado o cenário que vemos. Nossas posições nos mercados de soja e milho são bastante expressivas, com real possibilidade de recuperarmos o resultado dos últimos meses e ainda acumular um resultado expressivo.

Açúcar

Como já alertamos nos últimos meses, a produção de açúcar foi mais prejudicada pela seca do que a dos grãos. O epicentro desta seca foi nos estados de SP e MG, onde se concentram mais de 60% da produção do país. Por isso, acreditamos que a produção de açúcar deste ano deverá sofrer uma queda da ordem de 8%. Além disso, o El Niño pode prejudicar a produção na Índia, o segundo maior produtor mundial de açúcar. Diante deste cenário, a partir deste mês começaremos a montar posições compradas de açúcar, aproveitando eventuais baixas deste mercado, uma vez que os nossos fundamentos começam a indicar que os estoques mundiais deverão começar a cair a partir do final deste ano.